terça-feira, 31 de março de 2009

V ASSEMBLÉIA DIOCESANA DOS GRUPOS DE FAMÍLIAS

DIOCESE DE CRICIÚMA
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SALETE
COORDENAÇÃO PAROQUIAL DOS GRUPOS DE FAMÍLIAS
09/11/2008 - SANTA ROSA DO SUL
V ASSEMBLÉIA DIOCESANA DOS GRUPOS DE FAMÍLIAS

A MISSÃO DOS GRUPOS DE FAMÍLIAS

CELEBRAMOS, REFLETIMOS , APROFUNDAMOS E DELIBERAMOS... E TROUXEMOS EXEMPLOS BONITOS DE AÇÕES DIFERENCIADAS.

VER – REFLETIMOS SOBRE A REALIDADE NAS PARÓQUIAS ATRAVÉS DO TEATRO E PARTILHA DE ATIVIDADES BEM SUCEDIDAS DE RETIRO NA COMARCA DE ARARANGUÁ.

JULGAR – Pe Egídio nos levou a reflexão de onde se fundamenta esse jeito de a Igreja organizar-se em grupos de famílias. E qual é então a missão dos grupos dos G.F.
Discorreu, fez memória dos modelos que já vivenciamos. O 1º modelo o das comunidades de Jesus. Encontro nas casas. E ir anunciar para o povo....O 2º modelo a comunidade dos atos dos apóstolos. Unidos, viviam a comunhão fraterna, a partilha, davam testemunho, eram fiéis, buscavam a força nas orações, se reunião nas casas e celebravam nos templos...a missionariedade era forte, capaz de converter o Império Romano. O 3º modelo a Sociedade e a Igreja caminhando juntos – opção não pelos pobres mais pelo dinheiro que constrói ( ricos explorando o povo mas dando esmolas para Igreja que edificava, que construía, que reformava – não havia preocupação com a origem, com a procedência do dinheiro, o importante era recebê-lo.) este é o modelo da Igreja da cristandade centralizada na sociedade perfeita hierárquica, (uso de meios não éticos para ganhar autoridade, o pobre que não obedecesse ia para o inferno,era excomungado) as Igrejas desse período eram criadas pelo Estado e o povo “ficava no fundo da Igreja”, o Pe era o representante da sociedade perfeita, a bíblia era retirada do povo, a oração era em latim e a autoridade suprema ficava de costas para o povo. Desse 3º modelo temos intrínseco em nós ainda algumas práticas: (dependência da presença do padre, da fala do padre, ficar nos últimos bancos, o uso da autoridade do padre para legitimar ações que precisam ser realizadas...) esse é o modelo que continua forte em muitas cabeças que não se sentem responsáveis, não acreditam na sua fé de batizados, não se fundamentam em Cristo e continuam achando que Igreja são sempre os outros.
Com o Concílio Vaticano II voltasse a refletir sobre a Igreja: que não é perfeita, mas humana, histórica, que caminha com a garantia da Santíssima Trindade e se organiza na base com o auxílio do Espírito Santo dentro da nossa realidade. A Igreja do C.V.II é a Igreja do povo de Deus reunido em comunidade. Onde todos os batizados são iguais em dignidade exercendo apenas funções diferentes, ministérios diferentes (leigos, padres, bispos, papa) buscando organizar o povo em pequenas comunidades, comunidades fiéis ao modelo trinitário que nasce da união perfeita do respeito pela diferença. (Igreja que não se confunde com construção,) Igreja que é comunidade, comunhão, participação e missão na realidade do mundo. Igreja que ajuda na conquista de uma vida livre ( do sofrimento, da injustiça, da miséria, da opressão ) para todos. “Salva a ti e a teu povo” certamente não significa apenas rezar por alguém que morre.
Os G.F. nos ajudam a viver em comunidade. É responsabilidade de todos os batizados viver em comunhão, evangelizar e dar continuidade a missão de Jesus. Ser responsável pela salvação do outro. A prática demonstrada por Jesus e preconizada pelo C.V.II. acontece na base, no chão da comunidade, naquela rua, naquela vizinhança. ( não só na Igreja lotada de pessoas para celebração que nem se conhecem, que ninguém sabe quem são,de onde vieram e para onde vão.) O C.V.II nos apresenta um modelo de Igreja serviço, ministerial onde todos são responsáveis. Igreja que segue o modelo de Jesus de Nazaré, que tem a prática do Jesus humano, anunciador, misericordioso, acolhedor, que incluía, que trazia para o meio. Nossa Diocese optou por organizar a nossa Igreja em G.F., pois eles são a 1ª estância de evangelização, da vivência da fé e do batismo, da consciência da realidade, de lugar de descobrimento e cultivo de novas lideranças então dentro desta perspectiva não dá para entender movimentos, pastorais, associações praticarem a filosofia do “cada um no seu quadrado” desvinculados da metodologia dos G.F.
Embora seja mais confortável nos refugiarmos no templo, sem ligações, nossa missão é ir para missão, é sentir-se responsável pelos batizados e ir em busca dos afastados. É enxergar os migrantes, os novos em nossas comunidades, os diferentes, os excluídos pela sociedade, os discriminados. É também, aperfeiçoarmos nossa consciência de sociedade se libertando do “cacique velho que não liberta o povo mas dá esmola para manter o seu status quo”.
G.F. são batizados que se reúnem em torno da palavra, e se constituem na instância do povo de Deus, é ali que se conquista a organização, a autonomia, sem normas, sem exclusão. Onde a busca pela solução dos problemas é coletiva, onde todos falam, todos podem opinar, onde se pratica a solidariedade.
Concluiu conclamando a todos para nunca desanimarem, desistirem diante dos problemas. E encerrou dizendo que tudo é possível quando a gente quer.


VER- Neusa destacou algumas falas do Pe Egídio reforçando algumas idéias como: “Evangelizar supõe fazer todas as pessoas participarem” “Igreja serviço dos batizados que vive a mesma fé, a fé de Jesus Cristo.” “ o despertar da consciência crítica, da prática da fraterna comunhão se busca nos G.F.” “dar um novo rosto para as comunidades” “formar novas comunidades” “ir ao encontro dos novos” “vencer a dependência da figura do padre” “a nível Diocesano quem mais atua na área social são os grupos de famílias”. E questionou a todos? Temos sinais visíveis da Igreja que queremos ser? Todos os serviços são engajados nos grupos de famílias?

Em seguida foram apresentadas as datas de eventos já fixadas:
07/03—12/03—14/03—curso do ano catequético em Cocal do Sul –Santa Bárbara e Turvo.
05/02 na Próspera e 07/02 na Cidade Alta – C.F. 2009
25/26 de 07 – Seminário: Família e Educação da Fé - Shalom
02/08 – Assembléia Diocesana dos G.F. em Nova Veneza

Encaminhamentos: Assumir a prática da leitura orante da bíblia (retiro – paróquia)
Visitação: ( Paróquia)
Formação:( Paróquias )
Oficializar dia da família para os G.F.
Sugestão de nomes para compor a equipe diocesana que vai trabalhar a formação dos animadores de G.F. nas comarcas. ( da Próspera: Marlene k. Colombo e João André.)

Até dia 06/12 precisamos enviar o resultado das decisões paroquiais.

PARTILHA Jeitos diferentes – ações interessantes

Tem padres que visitam espontaneamente grupos de famílias...
Tem paróquias que fazem retiros para os G.F. em lugares bonitos e registram o evento m CD.
Tem paróquia escrevendo a história dos G.F.
Tem jovens coordenando G.F.em comunidade
Tem jovens coordenando catequese em comunidade
Tem paróquia que fez antes da assembléia paroquial assembléia em todas as comunidades com a presença de uma equipe paroquial que acompanhava o padre e avaliavam a atuação do (CPC /do Padre/ da secretária/ dos serviços de pastoral).
Tem paróquia que já extinguiu a CAEP, atendendo as novas orientações Diocesanas.


Marlene Kubaski Colombo
Coord. Paroq.

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