sexta-feira, 3 de setembro de 2010

EM TEMPO DE ELEIÇÕES...

Parafraseando uns e outros chegamos a seguinte conclusão...

Somente quando o Brasil tiver mais brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis a nossa preocupação deixará de ser com o que os outros vão fazer, porque aqueles que têm de fazer somos nós.

Estamos próximos da eleição de 2010, na qual elegeremos presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.

. Teremos que exercitar nossa habilidade seletiva e capacidade depurativa , para que possamos separar a grande quantidade de joio que esconde o pouquinho de trigo ainda existente.

Nossos políticos quase em sua totalidade não sabem fazer política, mas são doutores em politicagem. ( troca de favores, distribuição de santinhos, pressão aos menos favorecidos, ocultar valores sociais, criticar o concorrente, utilizar o governo para se dar bem na vida, poluir o meio ambiente com um monte de papel apenas estampando uma foto e um pedido tipo “vote em mim”).

Mas se o Brasil tivesse mais brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis certamente esses políticos não continuariam no poder. Pois numa sociedade bem educada, crítica e reivindicatória. Com certeza, haveria uma revolta por meio de ressonância nas ruas contra os maus políticos e péssimos serviços públicos essenciais.

Se o Brasil tivesse mais brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis ludibriar um povo bem educado e bem informado seria tarefa difícil. Até mesmo o nível da política se aprimoraria, já que a possibilidade de termos melhores políticos se ampliaria. Uma sociedade educada cobraria melhorias nos serviços públicos, como saúde, educação, infraestrutura, segurança, entre outros.

E seus cidadãos estariam preparados não para submeter-se a uma sociedade deformada pela injustiça mas, sim, para mudá-la. Brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis não estimulariam a liberdade dos costumes, ( na banalização do sexo, no repúdio ao amor, no ódio psicopata contra a vida.) a fim de distrair o povo de seus direitos reais, de sua essencial dignidade.

Diante de tantos problemas, como a violência, a droga, a corrupção, a falta de saúde, a ausência de saneamento básico, a piora da educação, entre tantos outros. Somente um bom nível educacional poderia contribuir para transformar as bases da sociedade. (países como o Japão, a China e a Coréia do Sul já colocaram isso em prática e estão colhendo bons frutos.)

Mas boa parte dos nossos políticos e da própria elite parece não fazer questão de revitalizar a educação, porque, dessa forma, continuarão dominando muitos com poucas migalhas. Preferem deixar as coisas como estão para trocar as possíveis “soluções remediadoras” por votos.

O problema é que estamos tão habituados a ver conchavos, desvio de dinheiro público e corrupção que até mesmo nós - tão longe de sermos os beneficiários desta Política(gem) toda - perdemos a capacidade de diferenciar o que é isso ou aquilo. Se ainda nos lembrássemos, ah, se lembrássemos e tivéssemos iniciativa Política e Politicagem seriam duas palavras bem distantes uma da outra.

Porque se a política é feita de democracia de atuar e trabalhar para e com o povo. Olhar as necessidades e satisfazer, e incentivar os parâmetros melhores para a coletividade.
Em nosso país “a política está desgastada, desmoralizada e destruída pela ação dos maus políticos, que atuam em benefício de grupos econômicos e do seu próprio enriquecimento ilícito, além, é claro, da eterna vaidade de querer sentir-se detentor de poder, o que reflete pobreza de espírito e cegueira para o interesse público.”

É óbvio que os homens públicos que compõe a classe política nacional não caem do céu diretamente nos seus gabinetes. Eles são eleitos por nós, uma vez que vivemos numa democracia eleitoral e são eles provenientes da sociedade, do povo. Se uma grande parcela desses políticos são desonestos e corruptos e não cumprem a função para a qual foram eleitos, isso é porque nosso povo é igualmente corrupto e desonesto, já que nossos dirigentes são parte também da sociedade, a qual é simplesmente o espelho da nossa elite política. O tão conhecido “jeitinho brasileiro” de burlar regras, quebrar convenções, sonegar impostos, furar filas, o famoso “QI” na hora de conseguir emprego, o nepotismo e o desprezo generalizado pela meritocracia estão na raíz de toda a bandalheira que vemos na política nacional.

Sob o prisma da História, constatamos que nosso povo sempre foi apático, participando da vida nacional como platéia e não como protagonista. No geral, podemos afirmar que nosso povo mantém uma postura apolítica e conformista, somente atribuindo culpa às classes políticas dirigentes ou às elites tradicionais por todas as nossas mazelas sociais, procurando eximir-se da responsabilidade compartilhada enquanto nação.Assim sendo, é de vital importância a conscientização da necessidade da atuação combativa da sociedade, questionando e cobrando os políticos, atuando diretamente em prol de causas sociais, participando das organizações não-governamentais e se articulando de todas as maneiras possíveis para tentar suprir as inúmeras insufiências e falhas do poder público constituído.

Uma maior mobilização de todas as camadas da sociedade somadas à vontade política e à conscientização da necessidade da substituição dos interesses mesquinhos pela ética e pela moral como norteadores da ação político-social podem nos indicar um caminho na busca da construção de uma sociedade mais equitativa.
Ao tratar de questões relacionadas à Ética, à Política ou à Cidadania, estamos necessariamente discutindo os caminhos que poderão contribuir com a construção de uma nova sociedade, uma sociedade livre da intolerância, do preconceito, do individualismo e de todas as formas de opressão (de classe, raça, gênero, etc...).

Acreditamos que a tarefa do conhecimento é justamente contribuir para a resolução dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que hoje impedem que vivamos num mundo marcado pela solidariedade e pela cooperação.

Mas se o Brasil tivesse mais brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis ... Haveria uma real preocupação com o comparar o perfil e a história dos candidatos. E a escolha do candidato seria mais consciente, mais qualificada. Escolha consciente é conhecer o candidato, seu passado, suas "bandeiras", sua área de atuação, sua trajetória política e de vida. Essa é a melhor forma de qualificar o voto.

Os princípios, projetos e ações são o alicerce do compromisso permanente de cuidar das pessoas. Cuidar das pessoas permanentemente tem de ser a nossa obstinação. Porque a política é o compromisso permanente de cuidar das pessoas. E não há política correta sem que a dignidade da pessoa humana seja o ponto central.

Se o Brasil tivesse mais brasileiros educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis... certamente teríamos um Brasil melhor para os brasileiros.

Marlene Kubaski Colombo

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